Cada falta que repetir
é o muito
que ainda entender
já ter sido
até perder
sempre só.

Leonardo Valesi Valente

O que eu te vi
Não me acudi tudo
Mas soube contigo
Bastante esse alívio
E tão bem-vindo sentido fosse reunir
Que nos entendi apenas juntos
Aí veio imensa vida de onde igual era ter rumo
A gente efeito par com o destino
Desde intenso eu te acolhendo mais importante meu
Comigo sem medo para não nos perder longe
Todo amor é por dentro o desejo indo
Qualquer imperfeito assim aceitarmos de frente um
Vale sentindo muito
Se até mesmo quase inteiros
Eu já te amo porque seremos tanto nós

Para Charles Asevedo.

Leonardo Valesi Valente

Aprendi não esquecer
Para mudar mais ares
Que desmontarem viver
Jamais te impedir da partida
Até aceitar que pôde tão bem
Porque é dos caminhos o vento indo
Ao alívio passageiro
Pela ternura de cortejos
Tanta razão na ventoinha
Que registro os cabelos apenas sonhar
Valendo cada apelo que fosse perene
E já não nos repete tão de perto
Senão agradecer tudo ter sido
Ventania, brisa, furacão,
Depois nosso assopro na despedida

Leonardo Valesi Valente

Devoto aos pássaros
que recomeço
por onde perpétuo empresto
dos olhos
até me repetir
toda vida.

Leonardo Valesi Valente

O tanto de amar
requer mergulho
que a imensidão aos olhos
possa recontar do outro
até içar
mais profundo
nós.

Leonardo Valesi Valente

Enquanto amo
tudo aprendo
que uma cor é estado de espírito
pelo querer bem
de quem vem
para perto dos olhos.

Viajo dos sonhos
para o amor me passear
desta vida
adiante.

Revejo tanto amar
é para repor as belezas
todo lugar desde dentro nós
até não mais caber
que me doesse
esquecido de viver.

Leonardo Valesi Valente

O rio durou vigoroso
enquanto seus olhos me embarcavam
para viagem.
Amei sua presença de margens
durante tudo
que percorremos leito.
Ao mar jamais esquecer
tão caudalosos
quando velejar
roteávamos juntos.
O rio só deságua uma vez
cada história.

Leonardo Valesi Valente

Escasso nos efeitos
até escapar,
ruindo os entendimentos
que sumi doer, aprisionado,
jamais cabendo de volta,
nem pertencido com invento.
No alcance do fim dos dias,
detenho o acúmulo do vazio,
porque sou desfeito
desde que parti tão meu,
para quase restar vivo
até depois de só.
Se amanhã ainda alcançarei
o mesmo
de ninguém.
Enfim quando serei,
sentir é acreditando para frente
somente o que voltar comigo
no tempo.
Todo entendimento
escrevo
eu não atingir mais longe
senão o que te perder.

Leonardo Valesi Valente

Acontece mais perto
Quando se permitir aceita este apelo
Cortejando que até entender
Um ao outro
Bem atrair os sonhos que já são de si
Decidem sobre muito ouvir
Ajuntar inspirações, um pouco de talvez
Que chegar lá ainda
Imperfeitos pedintes vão os mesmos
Rogar perante o túmulo
Sempre intolerante com a vida
Restos de qualquer benevolência
Outrora confundida que houvesse amor

Leonardo Valesi Valente

Demora
Apela
Reacostuma
Prediz
Brinca

Depois me escapa
Para muito longe

Que cai no impossível
Que repete ao vazio
Que ofende de tão pedinte
Que amontoa inútil
Que maltrata desacreditado

Assim
Embora
Porquanto
Adiante

Sendo o mesmo olhar
Quase eu inteiro
Todo refeito ao mundo
Nem vou mais de quem habitar

Porque sou fim
Tenho nada
Esqueço durar
Depois me dão
Que vou indo calado

Sempre que vejo
De ser um só

Leonardo Valesi Valente

Poeta na direção de inaugurar sentido; se me perco, eis que qualquer palavra bem-colhida traz arremesso.

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