O amor é este enguiço
mais difícil de se poder
que uma gota sobressalta do mar,
uma graminha dançando a mais para o vento,
alguma ponta de quem
a gente vê
de muito longe.
O amor se esconde nas beiradas,
nas camas estendidas cedinho e
na poeira de quem viaja.
Até no calendário que se decora sem passar
há o defronte que amar.
O amor é um mesmo
que o tempero volte saudade,
uma boa história reinventa para risada,
ou as janelas de quem não fechou
de bem-querer.
O amor é de repente
o que não se tem
mais de caber,
que desperta o infinito por dentro
porque é da natureza
com o outro alguém.
Muito mais gente é de todo o amor.
O amor pode o tempo que ficar
e ser menor instante do mundo:
um olhinho fechado,
qualquer pedaço de dedo que se esbarrava,
até o enfeite no cabelo de quem durou o retrato
e as palavras por quem voltarei.
Até o fim
de me viver
seu quem
na poesia e só.
Leonardo Valesi Valente
1 comentário
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19/08/2015 às 00:14
Danilo M. M. (@poetadacolina)
Os detalhes de uma palavra só.
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